terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O Hóspede.

 ▬  O Hóspede

                                                                                       2. Desconhecido.

Andei a observá-la. Seu modo de falar, gesticular, andar. Tudo.
É diferente das outras. Talvez seja mais difícil de pegá-la.
Me aproximo cada vez mais dela. E sei que ela sente.
Cada passo, estou lá, à observar.
Muitos não sentem quando me aproximo, o que pode ser uma vantagem.
Mas ela ... Ela é diferente. Inteligente, e ágil.
Quando me aproximo de mais, ela sente.
Sinto sua frustração e tristeza.
Quero que sua dor acabe o quanto antes.
Mas vai ser difícil, sem que ela perceba.


▬ Alô? - eu disse.

▬ Não saia de casa. - respondeu ferozmente, e desligou.


A principio, não soube o que fazer. Será que seria meu pai, que telefonara? Não. Não pode! Ele iria se identificar.
Não iria ficar em casa. Troquei rapidamente de roupa e calcei meu All Star. 
Desci as escadas de dois em dois degraus. Deixei um bilhete para o meu pai:

Fui à prαiα. Não demorαrei.
Com αmor,          Jen.

Peguei as chaves, tranquei a casa e fui pegar minha moto.
Segui rapidamente para a praia, prestando atenção na estrada.
Estacionei minha moto, ali perto.
Sentei-me na areia, perto do mar. Observando as ondas, por um longo tempo.
Começou a chover, fraquinho. Não me movi. A chuva, ultimamente, me dava uma sensação boa. Liberdade, calma.
Começou a chover mais forte e a trovejar. Levantei e fui correndo pegar minha moto. Não quero morrer agora.
[...] Me dirigi para casa, submersa em pensamentos.
Um cavalo reluzente preto, entrou na frente da moto.
Freei rapidamente e joguei a moto para o lado, para não matá-lo. Caindo com tudo no chão.
Caí sob a moto, olhei ao redor pra ver se encontrava o cavalo, mas ele havia desaparecido.
Minha cabeça latejava. Meus braços e pernas doíam.
Obriguei-me a levantar, fazendo o máximo de força que podia. Vindo a falhar. Caí novamente.

▬ Meu Deus! Você ta bem? - sobressaltei ao escutar a voz masculina. Era-me familiar.

▬ Estou bem, obrigada. - colocando a mão na cabeça. O menino forte e estranhamente familiar me ajudou a levantar. Olhei em seu rosto, e diretamente nos olhos. - Matthew? 

▬ Jenny? - disse ele, olhando em meus olhos. - Meu Deus, Jenny. O que faz aqui? Se perdeu? - ele riu, e colocou a mão, delicadamente, na minha testa machucada.

▬ Ai. - arfei. - Na verdade, vim morar com meu pai, há pouco. Estava passeando, quando um cavalo preto apareceu na minha frente. Tentei desviar, e deu nisso. - apontei para minha testa machucada, e a moto, despedaçada.

▬ Um cavalo? - perguntou. - Não tem cavalos por aqui, Jen. - disse ele, prestes a rir.

▬ Eu não to ficando louca, Matt. - eu respondi, incrédula. - Eu vi um cavalo!

▬ Tudo bem! - disse ele, por fim, olhando-me. - Vem, vou te levar pra casa. Sua moto não tem mais jeito.

▬ Tem que ter um jeito. - disse, num tom meio autoritário. - Não posso ficar sem ela. - disse, e fiz biquinho.

▬ Awn, que linda. - disse ele, apertando minhas bochechas. - Mas é sério, não dá pra reaproveitar. Te dou uma novinha. 

▬ Não, não vai ser a mesma coisa. - disse, e entrei no carro.

Observei-o enquanto jogava os destroços no lixo. Ele entrou no carro e ficamos conversando por um tempo. Me perguntei porque paramos de nos falar. Éramos melhores amigos, desde que tínhamos 2 anos de idade. Era tão bom conversar com um amigo de verdade, que conhecia todos meus segredos, minhas manias e defeitos, tudo. Senti-me aliviada por tê-lo de volta.

▬ Mas e sua mãe, como está? - ele perguntou e as lembranças voltaram à tona.

Contei à ele tudo que havia ocorrido desde que se mudara. Senti-me contente, por poder desabafar com alguém.

▬ Meu Deus, Jen. Porque não me contou, antes? - ele perguntou e me abraçou forte, meio desajeitado. - Eu sinto tanto.

▬ Eu também - eu disse, e abaixei a cabeça, na esperança d'ele não me ver chorando. - Mas tínhamos perdido o contato. Nem imagina o quanto eu te procurei, todo esse tempo.

▬ Eu também - disse ele, levantando meu rosto e enxugando minhas lágrimas. - Até voltei onde você morava. Mas já havia se mudado,

Conversamos o caminho todo. Relembrando nossos velhos tempos.
Por fim, infelizmente, chegamos.
Nos abraçamos forte e ele beijou meu queixo e minha testa. E pediu que eu mandasse lembranças à Robertt.
Vi-o partir. Cheguei na varanda e escutei barulhos vindo de dentro, mas a porta estava trancada. Será que era Robertt? Ou .. a pessoa que me ligara?

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Continuuuuuuuua ~~~~~~~~~~~~~~~~

Anjoooooooooooooooooooos, desculpem a demora ! Voltei a postar, sério agora ! u_u
Como é que vocês tão? O que fizeram nas férias? Eu não fiz nada '-' kkkkkk - Tava-me eu, morrendo de saudades! Me desculpem pela demora, ok?
Espero que gostem dessa história :))
Amo vocês s2

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O Hóspede.

                    ▬  O Hóspede.
                                                              1. O início. 

E por mais que você tente fugir, jamais conseguirá. É inevitável. 
Para cada individuo, um modo diferente.
Cruel ou não. Rápido ou lentamente.
Dolorosa ou não. Destino ou acaso.
Você não pode mudar.
É uma realidade trágica, não é? Pode até ser.
Mas, um dia, todos terão de me encontrar.
Por mais que não goste da ideia, terá de aceitá-la.
Como eu disse; não dá pra fugir.
É o ciclo da vida.

     
Eu estava caindo. De um lugar alto. Indo ao encontro de minha morte. Não sabia onde estava. Só sabia que... estava caindo. E o medo me dominara por completo.

▬ Não tenha medo. Abra suas asas e tudo ficará bem. - disse uma voz, distante. - Confie em mim.

Acordei, ofegante. Assustada.
Sentei-me na cama, tentando me acalmar. "Confie em mim.", as palavras ecoavam em minha mente.
Deitei-me novamente, virei-me e tentei dormir. Mas foi em vão. Passei a noite toda, pensando no sonho que tivera.
Quando os primeiros raios solares invadiram a janela do meu quarto, levantei-me da cama, num pulo.
Peguei minhas roupas, e fui tomar banho [...] Fui para a cozinha, preparar o café da manhã de Robertt. Quando terminei, coloquei-os numa bandeja, em cima da mesa. Peguei meus cerais, e fui para a sala.
Ainda pensando no sonho, perguntei-me qual seria seu significado...

▬ Bom dia,  Jen. - disse Robertt, tirando-me de meus devaneios. 

▬ Bom dia, pai. - respondi, e sorri. - Seu café da manhã, está na mesa.

▬ Obrigado, querida. - agradeceu, e sorriu. - A propósito, acho que passarei o dia fora. Recebi uma ligação agora há pouco do hospital. Essa epidemia está atacando à todos. Praticamente toda a cidade, está doente. Outros, até sofreram acidentes por causa dessa epidemia. - ele disse, e olhou para mim, como um pedido de desculpas. Meu pai era o médico/cientista da cidade. Ele não era a melhor companhia do mundo, mas eu estava sozinha. Só o tinha. Então, ele faria falta.

▬ Não tem problema, pai. - disse, e sorri, para reconfortá-lo. - Tenho que arrumar a casa.

▬ Tudo bem. Tome cuidado, querida. - disse ele, e beijou minha testa. - Se cuida. - e foi embora.

Arrumei a casa, e quando terminei, sentei no sofá e olhei a foto de minha mãe e de minha irmã. Sentia saudades delas. As perdi há 6 meses. Num acidente de carro. No qual, só eu sobrevivi.
Minha mãe dirigia, minha irmã estava no banco ao lado. E eu no de trás. Um caminhão desgovernado veio em nossa direção, ela não conseguiu desviar. O caminhão se chocou contra o nosso carro. Minha mãe morreu na hora. Minha irmã morreu a caminho do hospital. E eu .. só algumas cicatrizes, arranhões, e uma perna quebrada. Elas não mereciam morrer. Eu devia ter ido no lugar delas. Os flashes vieram. E eu revivi, mais uma vez, todos os momentos. Como se estivessem acontecendo novamente.
Escutei, ao fundo, o telefone tocar. Levantei-me lentamente para atender.

▬ Alô? - eu disse.

▬ Não saia de casa. - respondeu ferozmente, e desligou.


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Continuuuuuuuua ~~~~~~~~~~~~  ~

Aaaaaaaah, quanto tempo, meus amores ! Como cês tão ? Tava com tanta saudade . Desculpem-me pela looooooonga demora. Mas to de volta.,
Espero que tenham gostado :))

Amo vooooooocês ! s2